O que ocorre é que estou passando por um estágio de transição, uma mudança de visão e de vivência.
Observo que entre nós existe algo que está estreitamente relacionado com os nossos estados de infelicidade e descontentamento que é quando não conseguimos obter prazer na vida. Para muitos esse prazer é encontrado de forma a prejudicar o equilíbrio interior e afetar os campos da própria vida e dos outros como consequência.
O que, também, muito tenho visto é caso de pessoas que prazeres até nisso não encontram, para algumas pode ser um estado de latência na vida, de perda de consciência, para outras existe uma busca, uma interpretação da situação que está vivendo de questionamentos e dúvidas, e é a este caso que volto a minha atenção porque é justamente esse que tenho vivido.
Descobri que não me comprazo com os cenários que me foram apresentados desde que cheguei em Porto Alegre, cenários de extrema miséria moral e conceito de vida, mas também não consigo me ver envolvida no meu verdadeiro exercício que ao menos sei qual é. Aí vem a resposta, por não saber qual é, não me vejo encaixada na atividade que devo me empenhar. Devo abrir sim portas para as chances boas que me são dadas, pelo menos as que possam abrir caminhos para o que está prestes a vir. A busca pelo equilíbrio emocional, pela a visão mais desligada do material, pelo aprofundamento do saber e aplicação do mesmo, da valorização de pessoas que em nossa concepção não tem valor algum agregado.
Isso não está ligada a questão de doutrina, mas existe uma que pode servir de ponte para que se chegue até isso.
Os sentimentos surgirão com o tempo pelo uso da racionalidade, pois esta interpretará para nós o que nossos atos têm significado e através da boa conduta nos responderá com o verdadeiro prazer de viver.
