quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Malditos pensamentos suicidas

Mais uma noite, mais pensamentos, mais desejos de morte, mais anseios por sangue derramado. Que doença é essa? Que espécie de ser humano se compraz tanto ao ver sua própria destruição?
Nesse momento o desespero me invade de uma forma que sai gritando pela mente.
Se alguém pudesse compartilhar desse momento comigo, não suportaria ver tanta amargura nos meus olhos.
Tô candada de sentir isso, gostaria de nunca mais ter, gostaria de esquecer tudo, de parar de sentir e pensar... Quantas vezes já desejei?  Maldita semente da vida que me fez germinar. Maldita mente insana, malditas vontades que nunca cessam. Mesmo após poucos dias, após provocar tanta dor nas pessoas e em mim mesma, ainda posso sentir como se nada tivesse acabado. E na verdade não acabou, apenas acalmou os outros e voltou a torturar apenas a mim.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Revivendo sensações adormecidas

  Eu não sei o comportamento das pessoas após uma tentativa de suicídio falhada, mas o meu tem sido o mais frio possível. As pessoas que não entendem a busca pelo fim, jamais entenderiam essa ausência de responsabilidades, de afazeres, de querer, de buscar...
 O dia 20 de novembro de 2011 foi mais um dia que eu busquei um fim pra essa dor e esse vazio. Não consegui.
 Eu realmente quis naquela hora, eu realmente tentei, mas de alguma forma o sintoma da tentativa me afetou e coisas estranhas aconteceram, que, se talvez eu dissesse aos psiquiatras, eles me internariam mais uma vez numa ala com doentes mentais. Eu preciso de muita coisa nessa vida, mas internação não é uma delas.
  Prometi a todos que não tentaria suicídio novamente, e desejo cumprir com a promessa, porém seria possível não tentar algo que se busca por 7 anos na vida? Seria possível viver fugindo dessa ideia?
  Estou com um completo vazio por dentro, não sinto e não vejo como antes. As noções de tempo e espaço mudaram, meus olhos veem distorções nas imagens refletidas. 
Não tenho fé, posso acreditar que ela me salvaria, mas não consigo senti-la. Viver sem uma razão não é viver, é vagar. Não pretendo ser um zumbi para todo o sempre, se assim tiver de ser, que a morte, no sentido literal da palavra, me consuma por inteiro.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Mais uma vez

 Perdi minhas vontades, meus desejos, meus planos.
 Ontem foi um dia que o único prazer capaz de marcar foi o de derramar lágrimas que estavam presas por alguns dias. Não sei se por culpa do remédio, ainda estou calma, mas ao mesmo tempo me sinto vazia, como se já não houvesse sentimento algum dentro de mim capaz de causar alguma emoção ou me impulsionar a levantar da cama.

Muitos não acreditam nisso, mas em muitos dos casos quando seres seguem por muito tempo nesse estágio que me encontro, a única solução é acabar de vez com todas essas aflições, que no meu caso eu vivo e ainda envolvo pessoas que de alguma forma têm consideração por mim e guardam um sentimento de simpatia.
Hoje não sinto vontade alguma, hoje quero por um fim em todos os planos que um dia pude formar pro meu futuro, mas ao mesmo tempo, um medo me invade de forma à devolver todas as vontades de volta.
  Só imagino os milhões de pessoas que nesse momento estão vivendo esse mesmo drama que eu, pelo menos nisso eu sei que não estou sozinha.

Essa é a certeza que eu tenho comigo. Tentativas, nunca mais. Dessa vez se tiver de ser, será o ato concreto.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

 É uma linha muito sútil que nos separa do imperceptível, para não chamar de invisível aos nossos olhos, esta mesma me separa de atos ainda piores.
Condenar outras almas por ambições próprias, minhas, é não respeitar o direito do ser de agir de forma que o convenha. Peço perdão por tal ato, mas não abdico de assistir aquele ser engolir palavra por palavra, uma a uma.